segunda-feira, 28 de abril de 2014

JOGOS QUE MARCARAM A MINHA VIDA (VOL.01).

Começar uma lista de coisas que achamos importantes não é fácil pois sempre se corre o risco de ser injusto com algo relevante.

Isto porque ter de escolher um reduzido número dentre uma vasta opção é tarefa ingrata, que requer o uso da memória de longo prazo, tendente a beneficiar as lembranças mais novas em detrimento das mais antigas.

Por esta razão, resolvi fazer este post em duas etapas. 

Na primeira, (numa série de 15 jogos), vou considerar jogos da , e a gerações, respectivamente, ATARI, Odssey e MXS, Nintendo (NES) e Master System e por fim, Mega Drive (Genesis) e Super Nintendo (SNES).

Na segunda, (numa série de 15 jogos) a lista contará com as , e gerações, ou seja, Playstation (32 bits), Nintendo 64 e Playstation 2 e Dreamcast.

Esses foram os videogames que eu joguei.

Assim, claro que vão ficar de fora algumas plataformas como, 3DO, Sega Satrun, 32X, e congêneres. A única exceção diz respeito ao SegaCD, mas será só mesmo menção, uma vez que a maioria dos jogos de SegaCD foram uma porcaria.

Sem maiores digressões, vamos aos jogos..



15 - Dragonfire - plataforma Atari - 1982 - Dragonfire.

Dragonfire é o primeiro jogo de videogame que eu lembro de ter jogadoRecordo até da sensação de controlar, pela primeira, vez algo que acontecia na tela da tv. Era a sensação de ser ao menos na fantasia, um herói. Também, de ver que os meus primos que assistiam, torciam por mim, como eu torcia por eles. Eu devia ter uns 5 ou 6 anos é a lembrança e pouco mais do que um gift animado. É a lembrança de uma tarde, na sala da casa da minha tia. O que é mais distinguível é a imagem do cavaleiro entrando pelo castelo para enfrentar o Dragão e lutar pelos tesouros. Esta é a razão pelo qual entra na lista. 


14 - Knightmare plataforma MSX - 1986 - Konami.

Se Dragonfire do Atari é o primeiro jogo o qual recordo, Knightmare do MSX é o segundo. Nem sei bem se o MSX é considerado um videogame, já que era um tipo de avô dos PC's, mas que esse joguinho no estilo Shooter foi um impacto na minha infância, isso foi. Em primeiro, pois era jogado no teclado, pelas setinhas inconfundíveis do MXS em suas cores verde-musgo e branco, usando a barra de espaço para atirar. Eu me pergunto quantos e quantos jogos não seguiram exatamente a mesma mecânica. Apesar de ser muito novo na época e dos meus tios criarem sempre um escândalo toda vez que eu encostava no MSX (não era como hoje onde as crianças são incentivadas e usar PC's e tablets), a lembrança mais forte que eu tenho do Knightmare é da luta contra a cabeça da medusa (sempre a cabeça da medusa) que geralmente era a parte do Game Over. Lembro que a maioria dos jogos do MSX rodava do tocador de fitas K7, mas não sei se esse jogo em especial era assim. Hoje, olhando na internet, dá pra ver algumas informações interessantes. O heroi não era um viking como eu imaginava. O nome dele é Popolon. Achei a melhor descrição do jogo neste site >> Fica a dica.

http://cemeterygames.wordpress.com/2009/12/19/knightmare-msx-1986/

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08 - Super Mario Bros. - plataforma NES - 1985 - Nintendo

Eu tinha o Phantom System, o videogame da Gradiente que era o genérico do NES.

O Phantom System vinha com dois jogos, que eram o Ghostbusters e o Crime Buster que acompanhava a pistola. Só o que eu conhecia, até então, eram esses dois simples jogos.

Um dia, a minha mãe me levou até a loja LEO que ficava no centro de Campo Grande. A LEO era uma loja que vendia, em sua maioria, equipamentos eletrônicos típicos dos anos 80/90 como câmeras fotográficas, filmes, gravadores, videocassetes, etc..

Foi neste dia que agente comprou o Super Mario Bros.

Eu cheguei em casa todo animado, e logo coloquei o jogo para funcionar.

Dados os primeiros passos, vi um bicho estranho e fui direto contra o ele (Gumba), achando que era um amigo, sei lá.

Eu juro que eu achei que eles eram amigos, e que o Mario (eu nem sabia que o nome dele era Mario) deveria passar pela fase fazendo amigos, sendo feliz e curtindo a vida.

A experiência em jogos era quase "0", nada, e não havia qualquer malícia, só a inocência de uma criança - eu tinha 8 ou 9 anos. Em resumo, eu não tinha a menor ideia do que eram jogos do tipo sidescrollers.

Eu acho que eu já tinha jogado jogos como, Smurfs ou Pitfall para Atari, mas eram gráficos muito diferentes. Não havia como comparar. 

O resultado da minha pueril inocência? Aquela música da derrota, bem característica, e a consequente morte.

Nas tentativas conseguintes, eu acabei, por pular de revolta com tantas mortes em sequencia, quebrando aquele primeiro tijolo no início da fase.

Surpreso com a destruição do cenário, repeti com o segundo e saiu dele um cogumelo!

O que eu fiz então?

Fugi do cogumelo, claro,  pois achei que ele iria me matar como aquele maldito Gumba fez.

Não havia naquele tempo internet ou revistas de jogos. O jogo até tinha um manual mas que criança fica lendo um manual poxa? E eu só queria jogar!

Assim, durante um bom tempo e de todas as formas possíveis, eu evitei aqueles cogumelos, na certeza de que eles iriam fazer o Mario pular de pernas abertas em direção à iminente morte.

Um belo dia (isso eu não lembro bem quando) sem querer querendo mesmo, eu errei o pulo e cai em cima do cogumelo. Já sentia o gosto amargo da morte quando o resultado simplesmente me embasbacou.

Parece besteira que algo simples hoje pudesse causar tamanha surpresa, mas aquilo foi tão espantoso, tão sensacional que eu juro que senti meus olhos brilharem de fascínio.

Eu também não sabia que dava para matar os Gumbas, tartarugas ou besouros bussy pulando em cima deles. Esse fato só me ocorreu por causa da situação com o cogumelo.

Não é difícil entender que o jogo mudou completamente após este dia. Também, que após Mario, todo jogo sidescrollers que eu joguei eu pulava em cima dos inimigos. 

Claro que pular em cima dos inimigos não funcionava com o Mega Man, Caltlevania, ou Contra, ou qualquer outro jogo fora Mario. Porém, eu sempre tentava isso logo de início, lógico.


09 - Castlevania - plataforma NES - 1987 - Konami

Quando eu falo em Castlevania, a coisa que de primeiro lembro é de ter ido no Barra Shopping e ficar maravilhado com um estande montado, uma espécie de quiosque, com várias Tv's  e Nintendos. Haviam ali alguns jogos rodando e as pessoas podiam fazer testes, acho que para divulgar e incentivar a venda. E, em uma destas TV's, estava rodando, adivinhem? Castlevania. Foi amor a primeira vista e logo após, ódio a segunda.

Não fugindo a regra, Castlevania é hardcore, com um início fácil e  fases que te levam a insanidade. Quem jogou sabe, que a cabeça das medusas que passam em uma onda elíptica podem minar a vontade de jogar tão rápido quando a saudade após desligarmos o Nintendo em fúria.

Eu "zerei" Castlevania, muitos anos após, quando refiz  minha coleção de jogos de NES. Nem com a mente mais madura


07 - Ninja Gaiden - plataforma NES.

Esse jogo me fez chorar, já disse isso aqui. Infelizmente, não foi de alegria, mas de desespero e frustração.

É um jogo injusto e acho que não é um jogo para crianças.

Acho que a maior questão nestes tipos de jogos é testar a paciência da pessoa que o joga, pois somente com a observação, tentativa e erro é possível passar pelas plataformas que exigem saltos mais precisos.

Mas não me entenda mal, é um jogo incrível, que conta com uma história bem interessante (pelo menos o primeiro é).

Foi na, verdade, a primeira vez que eu vi em um jogo animações com diálogos e personagens que interagem como em um filme, passando cenas entre as fases. Isto faz com que o jogador submerja neste mundo.

Era muito maneiro ver o desenrolar dessas cenas, que têm uma interpretação dramática como várias tomadas em close nos olhos do ninja Ryu em sua máscara azul.

A própria sequencia inicial, apesar de não ter uma palavra sequer, é super dramática. Vou tentar descrever:

Começa com dois ninjas em uma campina. É noite e a única luz é a da lua cheia.

Estão a cerca de 50 metros de distância um do outro.

O vento balança a grama e os ninjas estão imóveis mas se encaram. Estes homens certamente são inimigos.

Mesmo sem palavras, percebe-se que muitas já foram ditas e que este é o momento derradeiro. Dali, somente um sairá com vida. 

Ambos confiam em suas as espadas, e iniciam uma corrida de investida, um contra o outro, em constante aceleração.

Ambos saltam.

No alto, tendo a lua cheia como uma moldura, as duas espadas se chocam.

Nesta hora, a música tema que toca ao  fundo para.

Por um breve momento, é o aço das espadas que cantam uma a canção aguda de uma nota só.

E o som que ressoa em metal é o som da morte.

No fim, após o encontro no alto, ambos caem de pé, em orgulho e de costas um para o outro. Não dá para saber quem ganhou ainda.

A cena mostra em uma perspectiva de ângulo, partindo das pernas de um deles. Ao fundo, o inimigo parece ter sido atingido mortalmente... 

Ele cai na grama, derrotado e morto.


06 - Castle of Ilusion (Master System)

05 - Vigilante (Master System)

04 - The Ravenge of Shinobi (Mega Drive)

03 - Street of Rage (Mega Drive)

02 - Super Mario World (SNES)

01 - Mega Man (NES)

* menções honrosas - 







Um comentário:

  1. Cara, Mega Man pra mim é bem marcante. Esse lance de pegar os poderes dos inimigos me deixava cada vez mais animado pra saber como ficaria o próximo.

    Street of Rage foi o primeiro do estilo andar e dar porrada que joguei. Era beeem bacaninha.

    Parabéns pelos textos. Muito gostosos de ler.

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